Diante de toda discussão acerca do "Ensino Fundamental de 09 anos" no que diz respeito à preservação da infância em todos os seus aspectos físico, social, psicológico, afetivo, como vocês analisam tal programa? Temos a estrutura necessária? É positivo?
Este Blog tem por objetivo ser um ambiente de troca de ideias e experiências pedagógicas para os trabalhos na Educação Infantil e Séries Iniciais. O nosso público alvo são os/as educadores/as que pretendem criar uma rede onde possam se inspirar e inspirar outras pessoas a partir da troca experiências.
quarta-feira, 13 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Entendo do assunto...
Durante muito tempo a educação infantil foi vista como um momento do cuidado, a escola era extensão dos cuidados maternos, e ainda hoje, sofremos resquícios desse pensamento. Porém, estamos avançando e construíndo a concepção de Educação Infantil sob o tripé do cuidar, educar e brincar! Vejamos o artigo de Ana Okada:
O que é ensinado na educação infantil? Saiba mais
Vista muitas vezes como uma etapa menor do ensino, a
educação infantil é definida como a "base" do estudante, dizem
especialistas. "É o momento mais importante da educação, porque você
trabalha a estruturação da criança. Se ela está bem estruturada, ela enfrenta a
adversidade de uma forma muito melhor", defende Fátima Guerra, PhD em
educação infantil e professora da UnB (Universidade de Brasília).
E o que essa educação abrange? De maneira lúdica,
crianças de 0 a 5 anos de idade aprendem a se situar no espaço da escola e da
sala de aula e desenvolvem a coordenação motora, a linguagem e a sociabilidade,
além de entrarem em contato com conceitos de leitura, escrita, ciências,
matemática e artes, dentre outros conteúdos.
Esses conceitos, porém, são dados de maneira diversa da
que é feita nos ensinos fundamental e médio, uma vez que os pequenos ainda
estão aprendendo a lidar com conhecimentos abstratos. "Isso é desenvolvido
por meio de atividades que propiciam a descoberta", explica a pedagoga
Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Pesquisas do Brincar,
da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.
"Havia um preconceito de que a pré-escola não era
escola. No entanto, como os pais deixam a criança cada vez mais cedo [na
escola], agora são ensinados vários conceitos para esses alunos", explica
a pedagoga Maria Angela.
Coordenação motora
Durante a educação infantil, o aluno desenvolve as
coordenações motoras grossa e fina. Com a primeira, é possível localizar as diferentes
partes do corpo, bem como situá-lo no espaço. Com isso, a criança aprende a
controlar, por exemplo, a velocidade do andar e conceitos como "em
cima/embaixo", "esquerda/direita" e "frente/trás".
A coordenação fina é desenvolvida quando a criança começa
a trabalhar com materiais pequenos, tais como massinha e giz grosso. O aluno
faz o "movimento de pinça" com as mãos e, com isso, chega ao uso do
lápis.
A organização do espaço e do tempo também contribuem
para esse aprendizado do controle do corpo. Com uma rotina que se repita todo
dia, a criança consegue antecipar as coisas que vão acontecer e ganha mais
confiança, até mesmo para propor atividades novas.
Letramento
O estudante do ensino infantil aprende conceitos de
letramento, ou seja: ele toma contato com o universo da escrita e aprende, por
exemplo, como são as letras e que a leitura se dá da esquerda para a direita e
de cima para baixo. Ele pode até sair desta etapa lendo e escrevendo, apesar
disso, no entanto, ser objetivo da alfabetização, que ocorre nos primeiro e no
segundo anos do fundamental.
Para conhecer o mundo das letras, a criança deve ouvir
e contar histórias, ver dramatizações e tomar contato com livros infantis. Além
disso, ressalta a pedagoga Maria Angela, é preciso que as crianças possam se
expressar livremente: "Ela deve brincar muito, dançar muito e poder se
expressar de formas diferentes", diz.
Conteúdos
Conteúdos de ciências, matemática e artes, dentre
outros, podem ser trabalhados com crianças, desde que sejam adaptados para sua
idade e sejam dados de forma lúdica. Segundo Fátima Guerra, a ludicidade não
deve ser uma brincadeira dada após as atividades, como "prêmio", mas
é uma forma de expressão da criança. "Pelas brincadeiras e diálogos você
vê muito como a criança está percebendo o mundo e que adultos estão ao redor
dela", diz a professora.
Maria Angela explica a importância da brincadeira não
dirigida, em que a criança pode criar suas regras e fazer descobertas por sua
conta: "[esse tipo de brincadeira] é importante aprender com o próprio
erro, porque com esse erro ela não sofre castigo, já na vida real ela teria um
castigo; assim, através dessa experiência ela pode aprender com o erro e ele
não vira só uma coisa frustrante", diz.
Participação dos pais
Os pais devem estar cientes das atividades que o filho
tem na escola, de acordo com as especialistas. Segundo a professora Fátima, uma
vez que não há separação entre o aluno na escola e a criança em casa, pais e o
estabelecimento de ensino devem ter um relacionamento complementar. Apesar de
haver escolas que não permitem aos pais entrarem no ambiente escolar, a
pedagoga diz que é positivo que os pais participem da vida escolar e, até
mesmo, das decisões pedagógicas.
Fonte: UOL Educação
E vocês, de que forma têm associado o tripé do cuidar, educar e brincar, trabalhado a coordenação motora, o letramento, os conteúdos e instigado a participação dos pais na escola?
E vocês, de que forma têm associado o tripé do cuidar, educar e brincar, trabalhado a coordenação motora, o letramento, os conteúdos e instigado a participação dos pais na escola?
Sistema educacional
Educação infantil
A educação infantil, primeira etapa da educação
básica, ajuda no desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da
criança, complementando a ação da família e da comunidade. É oferecida
gratuitamente em creches ou instituições equivalentes para crianças de até 3
anos de idade e, posteriormente, em pré-escolas para crianças de 4 a 5 anos.
De acordo com
o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, organizado pelo
Ministério da Educação (MEC), as creches e pré-escolas devem educar, cuidar e
proporcionar brincadeiras, contribuindo para o desenvolvimento da personalidade,
da linguagem e para a inclusão social da criança. Atividades como brincar,
contar histórias, oficinas de desenho, pintura e música, além de cuidados com o
corpo, são recomendadas para crianças que frequentam a escola nesta
etapa.
João
Bittar/Ministério da Educação
O ensino em creches e pré-escolas
faz parte da educação infantil |
Segundo dados do Censo Escolar 2010, realizado
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), 6.756.698 crianças estão matriculadas na educação infantil, sendo 71,8%
em creches e pré-escolas municipais (4.853.761), 1,06% em estaduais, 0,04% em
federais e 27,1% em instituições privadas.
O número de crianças que frequentam creches
aumentou consideravelmente nos últimos anos. O Censo Escolar 2010 registrou um
aumento de mais de 168 mil crianças matriculadas em comparação com 2009 e 79,1%
a mais do que em 2002.
Na pré-escola, o número de matrículas vem caindo desde
2004. No último ano, foram 174.227 matrículas a menos em relação ao período
anterior. Isso ocorre por conta da implementação do ensino fundamental de nove
anos, que passa a receber os alunos de 6 anos de idade.
Melhorias em creches e pré-escolas
O ProInfância – Programa Nacional de Reestruturação
e Aquisição de Equipamentos da Rede Escolar Pública de Educação Infantil – foi
criado para ampliar e melhorar as instalações das creches e pré-escolas,
incluindo a compra de equipamentos, móveis e reformas que garantam a acessibilidade,
como a construção de rampas, banheiros maiores e outras adequações. O programa
faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do MEC.
Com o ingresso do ProInfância, em 2011, na segunda
etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), serão financiadas 6.427
escolas de educação infantil distribuídas em municípios das cinco regiões até
2014.
O objetivo proposto é universalizar, até 2016, o
atendimento escolar da população de 4 a 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de
educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Fonte: Ministério da Educação
Ensino fundamental
O ensino fundamental é obrigatório para crianças e
jovens com idade entre 6 e 14 anos. Essa etapa da educação básica deve
desenvolver a capacidade de aprendizado do aluno, por meio do domínio da leitura,
escrita e do cálculo. Após a conclusão do ciclo, o aluno deve ser também capaz
de compreender o ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia,
as artes e os valores básicos da sociedade e da família.
Desde 2005, a lei nº 11.114 determinou a duração de
nove anos para o ensino fundamental. Desta forma, a criança entra na escola aos
6 anos de idade, e não mais aos 7, e conclui aos 14 anos, ou seja, no 9º ano.
João
Bittar
|
A nova regra garante a todas as crianças tempo mais
longo de convívio escolar e mais oportunidades de aprender. A ampliação do
ensino fundamental começou a ser discutida no Brasil em 2004, mas o programa só
teve início em algumas regiões em 2005. Os estados e municípios têm até 2010
para implantar o ensino de nove anos. Até 2009 92% dos municípios já
implantaram o Ensino Fundamental de nove anos.
Segundo o Censo Escolar de 2010, 31.005.341 de
alunos estão matriculados no Ensino Fundamental Regular. A maioria (54,6%) na
rede municipal com 16.921.822 matrículas. As redes estaduais correspondem a
32,6% dos matriculados, as privadas atendem a 12,7% e as federais a 0,1%.
Provinha Brasil
Para garantir a alfabetização de todas as crianças
até 8 anos, o ensino fundamental conta com a Provinha Brasil. O exame permite
avaliar as habilidades relativas ao processo de alfabetização dos alunos e
ajuda a evitar que as crianças cheguem à quarta série do ensino fundamental sem
dominar a leitura e a escrita.
Fontes:
Lei n. 9.394/1996
Inep
Lei n. 9.394/1996
Inep
De acordo com os objetivos da Educação Infantil e das Séries Iniciais apresentadas pelo Ministério da Educação - tais como: desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da
criança; bem como o desenvolver a capacidade de aprendizado do aluno, por meio do domínio da leitura,
escrita e do cálculo - que trazem propostas de como o Sistema Educa cional deveria estar pautado, como vocês analisam a realidade das escolas em que atuam? Quais as conquistas e os desafios que se apresntam?
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